TOP 2009: 10-4

O countdown final para o top 3, a ser anunciado no dia de Natal, de novo sem qualquer ordem em particular…

The Temper Trap – Conditions

Presença em Paredes de Coura ainda com o álbum por estrear em território Europeu, os Temper Trap foram uma das revelações do festival – apesar de terem aberto o palco principal, mostraram-se à altura até de estar uns lugares acima do alinhamento. Quanto a Conditions, foi outra surpresa – não só captura a energia ao vivo da banda, como é possível fazer um álbum “orelhudo” com muita, muita qualidade.
The Clientele – Bonfires On The Heath

Se alguem procura um álbum para ouvir em Outubro dentro de casa, a ver as primeiras chuvadas arrancar as folhas que restam das árvores, é difícil encontrar melhor que este trabalho dos Clientelle. Apesar de algumas músicas mais rápidas, é um album que tem a sua maior força na fragilidade das incríveis melodias que apresenta.
The Pains of Being Pure at Heart – The Pains of Being Pure at Heart
São de certa forma penalizados por o grosso do álbum já ser conhecido do público, graças ao EP com o mesmo nome. Mas atenção – não fosse assim, a banda de Brooklyn figuraria sem dúvida no pódio anual. De todas as bandas que prestam homenagem e fazem um certo revivalismo do som da vaga C86, ninguém se aproxima dos Pains – e em nada ficam a perder em relação às bandas originais.
The xx – xx
Algumas bandas são extensivamente promovidas ainda antes de lançarem qualquer single, e espalham-se assim que chegam a altura de mostrar alguma coisa. A passar debaixo do radar, os The xx lançaram um álbum que figura entre os melhores do ano por mais que o efeito surpresa. Infelizmente, a saída de um dos membros da banda levanta algumas questões para o futuro. Resta aproveitar o momento, que vale bem a pena.
Alela Diane – To Be Still

Apesar do álbum editado em 2006, a cantora folk Californiana alcançou um novo patamar ao ter dado a sua voz ao projecto Headless Heroes. Poucos meses depois da edição deste, aparece novo álbum a título próprio, onde explora de novo o folk muito aproximado de um dream pop delicado. A voz, essa, é das melhores da actualidade no circuito mais alternativo.
SPC ECO – 3-D

O album de shoegaze do ano, fruto da mente de Dean Garcia (Curve) acaba por provar uma coisa: quem sabe nunca esquece, apesar do tempo e das modas passarem. De longe o álbum mais “denso” em termos sonoros do álbum, com guitarras e efeitos hiper-saturados, é um trabalho em que é fácil ficar esquecido que é um álbum de guitarras. Mesmo assim, é um álbum que merece uma escuta atenta.

Jarvis Cocker – Further Complications
Homem de muitos talentos, Jarvis Cocker é muitas vezes imitado, mas nunca ultrapassado. Uma das maiores figuras do auge do Britpop, Jarvis soube-se manter na linha da frente da música das ilhas mesmo após o final dos Pulp. Mesmo assim, é com Further Complications que consegue o seu melhor registo talvez desde This is Hardcore, ainda com os Pulp em 1998. A produção de Steve Albini abre caminho para as letras no registo habitual, com destaques para I Never Said I was Deep, Fuckingsong, Angela e Pilchard. E pronto, a Discosong que encerra o álbum.

Posted Quinta-feira, 24 Dezembro 2009 by Silva in Musica

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