Para ouvir ao som de…

O Palácio de Cristal, um dos meus espaços preferidos da cidade. Muito provavelmente, porque é o único que não parece uma aterro sanitário seis meses por ano. Isto até começarem as obras de reabilitação, é claro…

Tinha este post a apodrecer desde o Verão -ou Janeiro de 1970, segundo o WordPress- passado. Pronto, já está cá fora para todos verem!

Isto é um edifício qualquer na Avenida da Boavista, uma zona conhecida pelos seus prédios elevadíssimos. Como este. E este. E este. Fica mesmo bem na zona em que está.

Num comentário da foto que abriu esta secção, a Ana Monteiro disse que a foto lhe fazia lembrar um incêndio. A mostrar que ela tinha razão, aqui está uma composição fotográfica de um incêndio em Gondomar (ou Valongo) em Julho de 2005. Também tenho outra composição, mas da tarde do dia anterior.

Um daquelas fotos que dava para muita coisa, pelos seus inspiradores raios solares a atravessar as nuvens ao mesmo tempo que o brilho acolhedor aparece ao fundo da imagem.

O poste telefónico está lá para dar uma dimensão humana à fotografia. Já vos contei da vez em que apanhei um peixe deste (estica os seus braços gigantescos) tamanho?

Por algum motivo, tenho uma larga colecção de fotos tiradas directamente ao sol. Não sou estúpido ao ponto de usar o viewfinder nem vesgo ao de precisar dele para saber mais ou menos para onde estou a apontar. Porque o faço, também não sei, mas esta vai ser a capa do meu livro de ficção pós-apocalíptica, onde por algum motivo rebenta uma bomba nuclear nessa verdadeira metrópole do mundo ocidental que é Valongo.

Nos tempos em que dormia de dia e ficava acordado de noite a achar que era o David Gahan (ou não), era frequente ir ver se o céu estava propício a fotos interessantes, e esta foi uma das raras vezes que de não foi preciso esperar. Tirei algumas fotos, mas infelizmente ficaram todas iguais. Por algum motivo, pouca gente acredita que esta foto não foi manipulada de qualquer forma. Entre levar a mal por me chamarem mentiroso ou tomar como um elogio às minhas (inexistentes) capacidades de editor fotográfico, fico dividido.

A parte interessante é que mal o sol subiu, o resultado foi algo de decepcionante.

Se alguma vez vos perguntarem o que acontece quando se adiciona o clarão do reflexo do flash na marquise a um CCD de baixa qualidade, isto é o que acontece. No fundo, parece uma mistura da capa do Melody A.M. com o fenómeno conhecido como “orbs“, provocado muito provavelmente por algumas pingas de chuva.