Regret – New Order (Republic, 1993)

Uma músiquinha de verão para comemorar os 30 graus que me acompanharam na odisseia para comprar canoas novas para os meus pés.
Apesar dos delírios baleáricos dos New Order no final dos anos 80, para mim são sempre uma banda mais… outonal que propriamente uma que associe a grandes festanças na praia. Mas o Republic deixa no ar esse cheiro a Verão, longe dos ambientes claustrofóbicos da decadência urbana nos primeiros anos como Joy Division como das pistas de dança a tresandar a suor extasiático da primeira metade dos anos 80.

Também existe um videoclip a sério, mas esse não tem o MIXE BUCANHÃO.

PS: O “videoclip da semana” vai passar a “videoclip”, e meto um quando bem entender
PS2: estou a um casaco de couro de poder entrar na entourage dos Franz Ferdinand
PS3: também estou a um cinto e uma gravata branca mais um chapeu de andar por aí armado em hipster
PS4: por favor impeçam o ponto 3 de acontecer

Lição #931: Nunca compro aquilo que digo que vou comprar. Mas compro muitas mais do que previa.

Post de compras quando receber os dois CDs que devem estar no correio… talvez amanhã. Ou quando (ou se)  resolver o problema ali do hibrido Bizarre Love Triangle/State Of The Nation.

Agora reparei que desde Setembro que não me ponho a falar dos CDs e outras coisas que compro. Um exercício deveras fascinante para todos os que vêm isto, mas que às tantas, está relacionado com a falta de visitantes nos últimos meses. Será? Por isso, vamos dar uma visita relâmpago ainda este ano pelas coisas que comprei desde Setembro, e alguns apontamentos sobre os mesmos… que me lembre. Porque nem sei o que almocei hoje, quanto mais quando comprei certas coisas. Ora cliquem aí no …

Porque é foi Natal, aqui vão dois videoclips num post…

Neighborhood #3 (Power Out) – Arcade Fire (Funeral 2004)

Temptation – New Order (Taras Shevchenko 1981)

… e também porque me apetece. Ora bem. A primeira era anteriormente conhecida como “a única música que gosto dos Arcade Fire“, agora estou prestes a comprar o Neon Bible Deluxe. Any questions? Também me parece que não. Quanto à segunda, faz parte da minha última aquisição (dia 31 devo fazer um post sobre as compras, já que não faço um a sério desde Setembro), o DVD NewOrder 3 16 que conta com esta versão algo estranha da Temptation, gravada em 1981 na Ukranian National Home em Nova Iorque, num concerto antes disponível como Taras Shevchenko, em que a letra parece que foi escolhida a partir de versos retirados de um chapéu.

Seja como for, Up Down, Turn Around, Hit the Floor, Hurt the ground é das minhas frases preferidas agora.

O NME está a fazer a lista dos músicos mais “cool” de sempre. Como se fosse preciso ir além deste senhor aqui:

No fundo, este post é só para meter este belo momento dos New Order em Reading, onde o Peter Hook, tal como se diria em inglês, high as a kite, dá um espectáculo do caraças com o seu penteado à Princesa Leia e o Sumner faz a melhor improvisação de letras de sempre. Sempre. SEMPRE.

 

… mas este videoclip é hilariante:

Touched by the Hand of God, New Order 1987

Anos antes do Aphex Twin, com a mão do Chris Cunningham parodiar os videoclips de hip-hop (que evoluíram muito, como se pode ver), os NewOrder fizeram a sua versão de uma banda de hair metal.

O mais interessante? O Peter Hook está a tocar exactamente da mesma forma que o faz a sério. Cá para mim ele queria era secretamente entrar numa banda dessas.

Era altura de comprar um CD. A escolha, essa, já havia sido feita há algum tempo e caía no Bummed dos Happy Mondays, que ainda há pouco tempo elegi como um dos melhores albums entre 85 e 93 (ou qualquer coisa assim). Apesar de não ter reservado quando passei por lá para comprar o CD dos New Order, não era a primeira vez que atiravam um CD sem stock para as transferências entre lojas, por isso, lá fui com esperança que estivesse por lá.

As coisas começaram a ficar estranhas no caminho, com, por algum motivo, olhares na minha direcção. Entre as possibilidades estavam a) o cabelo estava ridiculamente levantado b) o pequeno corte na testa causado por uma bandeira cadente do topo da estante estava a verter c) a forma como estava vestido tinha algo de espectacularmente errado ou d) toda a gente viu o blog do Markl e pensou “porra, quem é aquele gajo que parece que saiu de um buraco?”, ficando com uma forte impressão minha, tal Bigfoot.

Ou nenhuma das acima indicadas. Mas a tentação de passar pela Pull and Bear e levar alguma coisa para o vestiário (coisa que muito certamente ia poder escapar sem comprar com um “mangas curtas” ou “demasiado apertado”) e ver se estava alguma coisa anormal. Mas adiante. Chegando à Fnac, após esse verdadeiro cross-country provocado pelas obras, e indo quase directamente para a secção de música, é óbvio que não estava por lá (embora “óbvio” seja muito vago para uma coisa que pode estar em “alternativa”, “anglófona” ou “dança”. Como ainda era cedo, e ainda não tinha tomado a minha dose de música em algum tempo (porque ainda não me deu para comprar um leitor de MP3), lembro-me de pegar no Substance dos Joy Division e ouvir o minutinho reservado para a Atmosphere (para a sensação auscultadores Fnac, por favor insira cinco lenços de pano e um lençol em cima das colunas, que meter a 32kbps não chegou).

Eis o que a certa altura estava a ouvir, enquanto segurava o CD:

Vais… para a choldra…
Sacaste-me… em MP3…
A tua pena… 5 anos…
Por cada Giga que tens… no disco…
Vais para a choldra…

Aos que certamente vão dizer “é por gajos como tu, que
pirateiam CDs a torto e a direito, que a Factory
deu o berro”, deixo a versão que realmente
acabou com a Factory:

Hoje… não te vi no bar…
A casa está cheia… os DJs começaram…
Não… não fui…
Hoje não bebi… comprei ecstasy
Por isso… não bebo…

Com isto a ecoar na cabeça, e a imagem alternativa não menos alucinada do CD a cantar a música virado para mim, o resultado só podia ser um:

Pois bem. Entre encontrar caras familiares que por acaso até é sempre um prazer rever (memories of better times) e ter reservado o CD dos Mondays algures para a próxima semana, nada como voltar de autocarro com o ecoar incessante de galinhas no 704. Não que estivessem as ditas cujas lá, mas acredito que toda a gente sabe do que me refiro.

Sim, mulheres de meia idade A FALAR ALTO DAS SUAS VIDAS NUM AUTOCARRO CHEIO DE GENTE COMO SE ALGUÉM SE INTERESSASSE. Prontos. Já disse. Que se lixe a cortesia.

E agora, a pergunta: como fechar um post destes? A verdade é que não tenho nenhuma ideia, por isso aqui fica uma resposta a quem me disse “Os New Order não te saem da cabeça”. Eis porquê:

Em antecipação do número de Junho do Blitz, que sai na próxima Sexta, aqui fica as escolhas do vosso anfitrião para os melhores álbuns saídos entre 1985 e 1993 (também conhecida como “a altura de onde vem a minha música preferida, part 2”). Ordenados conforme me ia lembrando, já agora.

Aviso: segue-se um post à Nuno Markl

 

Apesar de habitualmente preferir arrancar um olho a ter que comprar alguma coisa na Fnac se a conseguir encontrar noutro sítio, hoje até se fez um bom negócio. E menos um na minha lista de albuns que sentia alguma obrigação em comprar.