Archive for the ‘The Clientele’ Tag
Mais três…
Minotaur
The Clientele
Ω Ω Ω
Um ano após a perfeição Outonal de Bonfires on the Heath, os Clientele re-aparecem em 2010 com um mini-álbum (ou se quiseremos, um EP de 30 minutos) com sobras de material das ultimas sessões. E que sobras são – Minotaur e Gerry captam o ouvinte da mesma forma que os primeiros acordes de I Wonder Who We Are.
Apesar de lhe faltar a coesão de um álbum devidamente estruturado, resta-lhe apoiar-se na força das musicas. Consegue? Sem dúvida.
Surfing The Void
Klaxons
–
Não é que seja mau. Aborrece, mas não ofende, tem alguns momentos razoavelmente bons (Venusia), mas no fim por baixo de todo o blá blá experiencialista dos membros da banda, é um álbum formulaico, com o single Echoes a ser o melhor exemplo. Se por pressão da editora ou não, acaba por ser irrelevante – um artista tem de saber até onde está disposto a fazer concessões…
Fission
Film School
–
Filhos da década que a história vai acusar de não ter sido mais que o mastigar de referências passadas (e acredito que nesses 10 anos não faltou espaço para recalcar tudo e mais alguma coisa), os Film School chegam a 2010 com um novo álbum, um pouco afastado do dreampop que classificou plenamente esta banda nos trabalhos anteriores, com músicas de certa forma mais convencionais e de mais fácil acompanhamento.
O melhor elogio que se pode fazer a Fission é que é competente. O pior é que é desinspirado, e no fundo, já ouvimos isto tudo algures. Seja há 30, 20 ou nos últimos 10 anos.
Na próxima edição: Röyksopp de certeza, o resto já não me lembro o que era.
E agora sim, começam a aparecer os álbuns verdadeiramente interessantes:
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O countdown final para o top 3, a ser anunciado no dia de Natal, de novo sem qualquer ordem em particular…
The Temper Trap – Conditions
Presença em Paredes de Coura ainda com o álbum por estrear em território Europeu, os Temper Trap foram uma das revelações do festival – apesar de terem aberto o palco principal, mostraram-se à altura até de estar uns lugares acima do alinhamento. Quanto a Conditions, foi outra surpresa – não só captura a energia ao vivo da banda, como é possível fazer um álbum “orelhudo” com muita, muita qualidade.
The Clientele – Bonfires On The Heath
Se alguem procura um álbum para ouvir em Outubro dentro de casa, a ver as primeiras chuvadas arrancar as folhas que restam das árvores, é difícil encontrar melhor que este trabalho dos Clientelle. Apesar de algumas músicas mais rápidas, é um album que tem a sua maior força na fragilidade das incríveis melodias que apresenta.
The Pains of Being Pure at Heart – The Pains of Being Pure at Heart
São de certa forma penalizados por o grosso do álbum já ser conhecido do público, graças ao EP com o mesmo nome. Mas atenção – não fosse assim, a banda de Brooklyn figuraria sem dúvida no pódio anual. De todas as bandas que prestam homenagem e fazem um certo revivalismo do som da vaga C86, ninguém se aproxima dos Pains – e em nada ficam a perder em relação às bandas originais.
The xx – xx
Algumas bandas são extensivamente promovidas ainda antes de lançarem qualquer single, e espalham-se assim que chegam a altura de mostrar alguma coisa. A passar debaixo do radar, os The xx lançaram um álbum que figura entre os melhores do ano por mais que o efeito surpresa. Infelizmente, a saída de um dos membros da banda levanta algumas questões para o futuro. Resta aproveitar o momento, que vale bem a pena.
Alela Diane – To Be Still
Apesar do álbum editado em 2006, a cantora folk Californiana alcançou um novo patamar ao ter dado a sua voz ao projecto Headless Heroes. Poucos meses depois da edição deste, aparece novo álbum a título próprio, onde explora de novo o folk muito aproximado de um dream pop delicado. A voz, essa, é das melhores da actualidade no circuito mais alternativo.
SPC ECO – 3-D
O album de shoegaze do ano, fruto da mente de Dean Garcia (Curve) acaba por provar uma coisa: quem sabe nunca esquece, apesar do tempo e das modas passarem. De longe o álbum mais “denso” em termos sonoros do álbum, com guitarras e efeitos hiper-saturados, é um trabalho em que é fácil ficar esquecido que é um álbum de guitarras. Mesmo assim, é um álbum que merece uma escuta atenta.
Jarvis Cocker – Further Complications
Homem de muitos talentos, Jarvis Cocker é muitas vezes imitado, mas nunca ultrapassado. Uma das maiores figuras do auge do Britpop, Jarvis soube-se manter na linha da frente da música das ilhas mesmo após o final dos Pulp. Mesmo assim, é com Further Complications que consegue o seu melhor registo talvez desde This is Hardcore, ainda com os Pulp em 1998. A produção de Steve Albini abre caminho para as letras no registo habitual, com destaques para I Never Said I was Deep, Fuckingsong, Angela e Pilchard. E pronto, a Discosong que encerra o álbum.