O poster é minha criação e tal :p Apareçam.

Ou, Prenda³. Num dos diversos avacalhanços Méssiénicos com a Ritinha, surgiu um trocadilho algo estúpido que dava pelo nome de Cubo de Kubrick. Conhecendo a minha capacidade mais ou menos inata de entrar em projectos absurdos, ela lá “exigiu” que essa fosse a prenda de anos para uns meses mais tarde, e como era uma ideia demasiado boa para ser desperdiçada, decidi meter mãos ao trabalho.  Escolher as imagens não é difícil, principalmente quando se fala de um mestre da imagem como era o Kubrick. Difícil foi encontrar as imagens que queria em resolução aproveitável, mas tirando num caso, graças a muitos blogs e foruns dedicados a analisar edições de DVD, foi possível encontrar todas as que queria, e depois de processar e imprimir as imagens em vinil autocolante, o resultado final foi este:

Já com o cubo feito, era hora de fazer uma embalagem. A ideia original era fazer uma embalagem a imitar a tipografia do final dos anos 70, mas a Dona Esquila teve uma ideia melhor – um pacote de leite num estilo mais retro, semelhantes aos do videoclip do Coffee & TV dos Blur. O tema era óbvio – um pacote de Moloko Vellocet, para as sessões de ultra-violência a meio da tarde. Este já era um processo muito mais simples – desde os meus 8 anos que faço este tipo de construcções em cartolina, o difícil era acertar os detalhes, mas de novo, nada que o Google e um pacote de leite magro da Agros não resolvam.

A emprestar da iconografia do A Clockwork Orange, a caixa era a peça que faltava para ficar um conjunto do caraças, e algo que é, tal como é meu apanágio no capítulo das prendas, verdadeiramente único. Muito útil também foi a participação da irmã da Ritinha, que contribuiu com a sua parte de fazer chegar o pacote às mãos certas no dia exacto. Isto tudo no maior dos segredos.

Que os Coldplay,intencionalmente ou não, decidiram “emprestar” os acordes de uma música do wanker master Satriani (cuja reacção da minha parte ficou bem assente aqui), isso já toda a internet sabe. No entanto, enquanto procurava pechinchas numa das lojas de usados da Zona da Boavista, acabei por dar de caras com esta capa, do álbum L’Imboscata, de um tal Franco Battiato:

Para quem não se lembra, a capa do álbum dos Coldplay é esta:

Podem dizer que há coincidências, mas são duas pinturas de estilo Romântico de autores franceses (Bonaparte à la bataille des Pyramides de Antoine-Jean Gros caso do Italiano, La Liberté guidant le peuple de Eugène Delacroix no caso dos Coldplay) com uma figura central em pose desafiante no centro, e com o nome do álbum escrito em estilo de pincel grosso. A diferença é que um é de 1996, o outro saiu o ano passado.

Agora, o primo do Chris Martin quer chegar-se à frente e dizer alguma coisa ?

Há uns tempos disse que isto era o meu objectivo… Time to make it happen.

Acabou hoje uma odisseia de quase 11 meses desde a ideia original.

Havia muito para dizer, desde o conceito até à execução, bem como todos os agradecimentos, mas infelizmente, muito (demasiado) tempo passou para me conseguir lembrar de tudo, e conseguir escrever tudo com o mesmo afecto com que comecei este projecto.

Ora bem. Tal como tinha prometido, ia fazer um post a explicar como se podia processar isto. Tal como já tinha dito anteriormente, estou confortável com esta técnica de desenho, estou a fazer retratos nesse mesmo estilo com base em qualquer foto que me enviem.

É necessária uma foto, de qualquer ângulo, que irá servir como modelo rigoroso a essa foto. Nessa foto, o/a  sujeito da foto deve ter uma expressão natural (olhos abertos, boca fechada e sem expressões faciais exageradas – a não ser que essa seja a ideia) e seguir as indicações gerais para uma foto tipo passe (podem ver aqui as linhas gerais do país que proíbiu as pessoas de sorrir nos passaportes). No entanto, mais fotos significam mais material de pesquisa, o que ajuda a definir as cores e tonalidades certas, bem como algumas particularidades da estrutura facial. Outras coisas como a cor de fundo (e alterações no vestuário) podem ser colocadas no corpo do email, a seguir para provedor.mip@gmail.com. A versão geral é um poster A3, impresso a laser num establecimento profissional em papel glossy de 135g (qualidade de revista), ou papel offset de 250g, embora por um preço consideravelmente superior seja possível imprimir em grandes formatos, versão inkjet (a qualidade é boa, embora não seja o mesmo que a laser).

O preço base (excluindo portes) para A3  é de €15, variando conforme a complexidade da imagem. Para imagens com mais de uma pessoa, corpo inteiro, variações (como a “evil” ou versões Warholianas) ou outras perguntas, o mesmo e-mail serve como contacto para tirar dúvidas. Para quem quer a imagem, mas não prefere imprimir por meios próprios, por €10 têm direito a um PDF com a imagem, bem como a imagem em PNG para ser facilmente adaptada a avatars.

Fazes versões evil? Por exemplo, uma versão clean, como a que tens aqui, numa metade da página, e a versão obscura na outra metade. ~Cátia aka Isobel

Assim?

Ou assim se chamaria uma exposição com os meus auto-retratos no estilo Julien Opie. Mas que já andam a ficar bastante derivados após um ano de experiências.

Seja como for, começa a ser altura de rentabilizar isto. Por isso, para uma prenda única para alguém especial ou para o egomaníaco que há entre cada um de nós, e sempre para o amplificador/BOSS DS-2 que o Silva quer comprar para a guitarra que ainda não comprou, aceito encomendas.

Ainda estou a ver melhor como vou fazer isto, mas em princípio por uma soma entre os 10/20 euros (no caso de portes) consigo produzir um poster A3, em papel de 250g ou couché de 135g. Em principio, não será preciso mais que duas ou três fotos, e algumas notas sobre as cores a usar. Novidades brevemente.

Mas que porra é esta?