Os Suede completaram na semana passada um curto regresso – o primeiro desde o final da banda após os concertos no ICA em Dezembro de 2003, onde Brett Anderson deixou a ideia que ainda havia mais Suede… mas não nesse momento.

Entretanto, todos seguiram com as suas vidas, incluindo um regresso fugaz da pareceria Anderson-Butler em 2004 com os The Tears e o lançamento da carreira (deveras irregular) do primeiro a solo. O final da segunda metade da década passada foi varrida com os regressos de diversas bandas, incluindo dos Blur, o que levou Butler a declarar o seu desconforto com a nostalgia trip que são estas reuniões. A presença ou não do guitarrista nunca seria um impedimento para o regresso dos Suede – O que é para muitos o melhor álbum da banda (Coming Up) foi gravado já com o alinhamento a incluir Richard Oakes e Neil Codling.

Foi por isso sem grande surpresa que um concerto com este alinhamento a reverter para o Teenage Cancer Trust foi anunciado. Quem foi, diz que a banda esteve ao seu melhor nível, a percorrer a carreira recheada, a que não faltaram os muitos b-sides que ombreiam (e mesmo ultrapassam) algum do material colocado em LP e obviamente os hits que a banda acumulou:

Sempre tive a ideia que o regresso dos Tears seria mais interessante que um dos Suede, e em geral, não vou muito à bola com as reuniões de bandas há muito idas – embora tendo em conta que a banda pareceu estar a funcionar muito bem (e, basta lembrar que ao contrário de outras bandas, a única saída mais acrimoniosa foi a de Bernard Butler), esta pode ser uma oportunidade dos Suede recuperarem a popularidade perdida quando a lavagem completa por parte do NME e afins quando se decidiu que a youth culture tinha que ser dominada por bola, carros, gajas semi-vestidas e cerveja resultou na glorificação do Bluroasis e o ignorar do resto. Há aqui uma oportunidade de fazer justiça.

Obviamente, se estiverem aqui

Eu estou lá.  Com a tshirt “Suede Just Done It” saídinha do bootleg.

We Are The Pigs – Suede (Dog Man Star, 2004)

Well the church bells are calling
Police cars on fire
And as they call you to the eye of the storm
All the people say “Stay at home tonight”

I say we are the pigs, we are the swine
We are the stars of the firing line

E conforme prometido, aqui ficam as últimas músicas (por enquanto).  A parte final desta trilogia tem nomes de peso, incluindo o que serão os “reis” do formato, os Buzzcocks, bem como outros nomes tão diversos como os Joy Division, Crystal Castles, Suede, Radiohead, Happy Mondays, Velvet Underground ou os Yo La Tengo. Esta entrega inclui…

Ash – Kung Fu
Boards of Canada (alegadamente)- Fly in the Pool
Buzzcocks – Oh Shit
Crystal Castles – Love and Caring
Death From Above 1979 – Dead Womb
Durutti Column – Sketch for Winter
Everything But The Girl – Disenchanted
Happy Mondays – Do It Better
Joy Division – Interzone
Morrissey – Billy Budd
No Age – Brain Burner
Quit Your Dayjob – Freaks Are Out
Radiohead – How do You
Suede – Crack In The Union Jack
The Bristols – Little Baby
The Libertines – Campaign of Hate
The Parallelograms – Orchard Square
Vashti Bunyan – Train Song
Velvet Underground – I’ll Be Your Mirror
Walter Carlos – Title Music from A Clockwork Orange
Yo La Tengo – The Whole of the Law

Daqui a uns dias vou experimentar colocar uma votação a ver se o povo quer mais. É que deve haver aqui material para mais uma ou duas entregas. Podem ver a lista de mixtapes aqui, ou então, clicar aqui.

Stay Together – Suede (Stay Together, 1994)

Videoclip de fugir, mas por mais que o Brett diga o contrário, é das melhores músicas deles. É certo que foi um dos motivos que levou o Butler a pegar na guitarra e ir embora, mas não deixa de ser das mais populares, e por um bom motivo. E há que dizer, terem lançado isto no dia de S. Valentim foi uma opção interessante…

… e tempo para o sempre excitante (not) post de compras mais ou menos mensal.

So lazy…

 

Costumo dizer que quanto pior estou, mais tralha compro. E por “tralha” entenda-se “CDs que devia comprar ao longo de um mês”. Para terem a noção de como estive “saudável” nos últimos 5 dias…

Ok, está ligeiramente aldrabado. O Stay Together foi comprado via Amazon Marketplace no começo do mês, e chegou cá hoje. Um bocado tarde para o empurrar para o número 1, mas cá fica para decorar a estante entre o Suede e o Dog Man Star, tal e qual como o tenho na minha playlist. Agora estou com a vontade suicida de continuar a comprar alguns singles que apareçam… A seguir deve ser o Trash – que à atenção da menina Katie – dá-se ao luxo de ter como BSides a Europe is Our Playground e a Another No One – em versões separadas. Sacanas. Vão-me obrigar a comprar as duas, não é?

Depois da compra obrigatória dos Suede, seguem-se os Everything But The Girl com o seu belíssimo álbum de 1994 Amplified Heart. Não será tão bom, como Baby The Stars Shine Bright, de 1986, mas é responsável pelo que será a música mais conhecida do grupo: Missing, mais conhecida após o tratamento de Todd Terry que lhe garantiu horas de airplay na altura:

Em seguida, os KLF que penso que já referi por diversos motivos: desde um livro que ensina como se faz uma música para chegar ao número um dos tops, um filme onde queimam um milhão de Libras ou da sua bombástica saída da indústria em 1992. Após ter “falhado” a compra do primeiro álbum dos Utah Saints (não tenho culpa do CD estar ligeiramente esburacado), virei-me para o que será a grande referência do Stadium House: The White Room, o último álbum da banda de Bill Drummond e Jimmy Cauty. Como a banda retirou todo o seu catálogo de circulação, também não me fiz estranho ao maxi-single Justified & Ancient. E paz no mundo para ver se eles voltavam, não?

No fundo, o primeiro trabalho a sério do Peter Hook fora dos Joy Division/New Order: Enquanto os Revenge foram um projecto realmente embaraçoso – até para quem aparece no documentário da banda rodeado de travestis – os Monaco já davam sinais de alguma qualidade. Music For Pleasure, apesar de ainda assim estar longe do que os New Order faziam (mas ao mesmo tempo, melhor do que iriam fazer depois da passagem do milénio) colocava um single lá perto do top 10, em parte pelas óbvias parecenças de What Do You Want From Me? com a sonoridade típica dos New Order:

E entre outras coisas, o Year Zero está (finalmente) encomendado, com um voucher de duas libras da CDWow a reduzir o preço para a exorbitância de 4 euros, e deve chegar cá ainda este mês. Espero. Agora vou é meter uns travões na loucura que ainda quero completar o… “projecto especial” este mês e ir a Braga para o mês que vem.

… e acabei de reparar que não trouxe os ficheiros certos para corrigir um problema no trabalho. Baaaaah.

Lindo fim de semana que está a ser.

E tal como tinha dito, comprei um livro. E tal como também disse, de hoje não passava sem que falasse dele. Como não deve ser surpresa nenhuma, o livro é sobre música. Mais precisamente a biografia autorizada dos Suede, Love and Poison. Além de ter uma cronologia impressionante da banda, são 17 capítulos, baptizados com nomes de músicas do extenso currículo da banda, onde se fala da ascensão e queda de uma das bandas que moldou a música britânica durante os anos 90.

Com a contribuição de todos os membros da banda e lançado pouco depois desta ter feito o seu adeus a 13 de Dezembro de 2003, não se esconde nada, desde os abusos de substâncias controladas da banda, até aos motivos que levaram à saída de Bernard Butler da banda, as histórias em tour (dos quais destaco uma à Escócia, onde entre encontros imediatos com punks e um hotel onde o católico Bernard Butler dá de caras com o quarto, aliás, a cama já ocupada), o papel de Justine Frischmann na criação e evolução da banda e no inevitável triângulo com Brett Anderson e Damon Albarn entre muitas outras coisas.

Se todas as biografias de bandas forem assim, ponham-me na fila para mais. Sugestões?

Boys (Summertime Love) – Sabrina Salerno (Sabrina, 1987)

Como o MiP vive para agradar à sua vasta audiência de 8 pessoas, o Engenheiro pediu para colocar, e aqui está ele, o que o próprio diz que é “um videoclip causador de muitos calos nas mãos“. Não é difícil ver porquê.

Como os restantes 7 provavelmente acham que ando a meter coisas um bocado fora do comum para o que seria de esperar por aqui, fiquem com The Drowners, do álbum de estreia hononimo dos Suede de 1993.

E eu meto aqui os Suede quantas vezes quiser que ninguém tem nada a ver com isso, mmkay?