Archive for the ‘Diários do Mundial’ Category

Homenagem aos Campeões do Mundo

E para acabar de vez com os diários do Mundial, aqui ficam dois wallpapers a celebrar a vitória da Itália. Para poupar tempo com resoluções e afins, estão disponíveis dois formatos (4:3 e widescreen) tamanho XXXL.

 


4:3 / widescreen


4:3 / widescreen

Como é habitual, qualquer coisa basta deixar nos comments.

Posted Domingo, 16 Julho 2006 by Silva in Diários do Mundial, Wallpapers

Diário do Mundial XXXV

E aqui estamos, no encerramento oficial do mundial que agora acabou. Em vez de notícias, este post final irá servir para fazer o balanço da competição. E assim começamos.

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Posted Quinta-feira, 13 Julho 2006 by Silva in Diários do Mundial

Diário do Mundial XXXIV

Zidane Melhor do Torneio
Zidane, o responsável por uma das maiores cabeçadas vistas em fases finais do campeonato do Mundo foi eleito o melhor jogador do torneio pela FIFA. Figo está arrependido de não ter acertado em cheio no peito de Van Bommel (embora ele estivesse ocupado com as mãos de Petit, esse franciú tarado). Ainda se desconhecendo o que fez o médio fazer reanimação cardio-pulmonar em Materazzi, a FIFA informou que fechou os votos ainda no final da primeira parte. Tal como Portugal venceu o de equipa mais espectacular, suspeita-se que as votações para este prémio fecharam antes do inicio da competição.

Mundial de 2010 em risco
Os diários do Mundial 2010 começam com esta notícia (e se calhar acabam, se já estiver a fazer tijolo por essa altura), que alguns dos estádios e infraestruturas na Àfrica do Sul podem não estar prontas para a competição. Sobre a oferta da Alemanha em ajudar a preparar a competição, Septic Bladder, o presidente da FIFA, já veio defender os seus engraxadores dizendo que “Não podemos ir com uma atitude missionária, de canzana é melhor. A África do Sul tem pessoal bem treinado, desde que não morram todos antes de 2010,  a nossa atitude deve ser retribuir tudo o que a África deu ao futebol, desde votos na minha pessoa nas eleições da FIFA até equipas que têm piada, mas são eliminadas antes de criar problemas às equipas grandes”.
A Austrália (interessante, não significasse jogos às 5 da manhã) e os Estados Unidos (interessante, não fosse tudo) são hipóteses prováveis, caso a África do Sul perca a organização.

o MIP esteve à procura dos estádios no Google Earth mas só encontrou buracos. A melhor aposta é que alguem os conseguiu roubar. Inteiros.

Os golos que faltavam
Aqui estão os golos que estavam a faltar:

 

 

 

 

 

Dito isto, o golo do mundial para a MIP vai ser eleito na próxima edição

Jogadores não querem impostos
Apesar de, para variar, ser após a competição, a questão sobre os impostos sobre os prémios voltou a entrar na agenda dos jogadores Portugueses. Madaíl considera que “As selecções nacionais têm obtido, na última década, relevantes resultados internacionais, que muito têm contribuído para a divulgação do prestígio do País no exterior, situação que é justificada pelo lugar que ocupa actualmente o futebol português a nível mundial“, o que supostamente é suficiente para esses rapazes mal pagos que alegadamente representaram Portugal em terras alemãs. No entanto, para variar, o Governo faz alguma coisa de jeito, e respondeu com um rotundo “NÃO”.

Caso a federação consiga os seus objectivos, a redacção de uma pessoa do MIP irá pedir um subsídio por entreter as cerca de 10 pessoas que lêem (ou liam) diáriamente os Diário do Mundial por cinco minutos.

 

Posted Terça-feira, 11 Julho 2006 by Silva in Diários do Mundial

Diário do Mundial XXXIII

Itália 1-1 França (5-3 GP)
A primeira parte foi marcada por uma apagão gigantesco na zona, pelo que a parte interessante esfumou-se tal como uma floresta Portuguesa no Verão. Restava a segunda parte, onde a França ameaçou desempatar a partida, as foi Toni que marcou, tendo o golo sido anulado por fora de jogo. Após isso, a França voltou a pressionar, mas a estratégia de rematar à baliza de qualquer distância inferior a 60 metros não resulta, e o jogo segue para prolongamento. Ainda na primeira parte, um cruzamento é correspondido por Zidane, mas Buffon desvia por cima da trave. Talvez frustrado por o Italiano ter feito o que Taffarel não fez em 1998, o mesmo Zidane, na sua despedida ao futebol, decide acabar com tudo, e se possível, acabar com o peito de Materazzi pelo caminho. Após muita discussão, o Argentino expulsa Zidane, que acaba assim a sua carreira. O que seria ainda assim uma nota de rodapé caso a França conseguisse ganhar nos penalties. Com os italianos a mostrar uma precisão asustadora, o de Trezeguet foi o mais assustador, principalmente para os adeptos Franceses. Coube a Grosso, novo reforço do Inter, a responsabilidade de dar o título à Itália no quinto remate, e assim deu o quarto aos rapazes de azul, que estavam a nadar em seco desde 1982. Ano em que curiosamente, algumas personalidades do futebol italiano saíram de umas férias patrocinadas pelo estado oferecidas após um sorteio que involveu apostas.

Golos:
7′ Zidane 0-1 – Penalty, com a bola a bater na trave, bater dentro, voltar a bater na trave e a bater fora.
19′ Matterazzi 1-1 – Canto, Matterazzi sobe mais alto que Vieira e empata a partida

1-0 Pirlo – Bola para o meio, Barthez para o lado. Um clássico
1-1 Wiltord – Esta foi para o lado, o Buffon para outro.
2-1 Materazzi – Pé esquerdo, forte, colocado, e o golo.
2-1 Trêségay – Bola num lado, Buffon para outro, bola na trave, bola no chão, bola fora da baliza.
3-1 De Rossi – Um exemplo para todos os que querem aprender a defender penalties. ESTÃO A LER ISTO EM INGLATERRA?
3-2 Abidal – Buffon de novo a não acertar no lado
4-2 Del Piero – Agora é Barthez a saltar para o lado em que a bola não foi
4-3 Sagnol – Remate com força, a descarregar a frustração
5-3 Grosso – Colocado, com força, com Barthez a olhar desesperado com a bola a ir em direcção à baliza e a pensar “fini”.

Golo do dia

Penalty, com a bola a bater na trave, bater dentro, voltar a bater na trave e a bater fora.

 

O último momento da Carreira de Zidane
Zidane. O Homem. O Mito. O jogador que se despediu do futebol com uma grande cabeçada no peito do Matterazzi.

O momento.


A coisa a sério. Estava a faltar “O Sá Pinto com classe”, mas tirava o aspecto dramático da coisa.

CRomoaldo quer sair
O especialista em saltos de prancha do Scolari Boys Club diz que não tem “condições para ganhar à Inglaterra” e que “eles estão praticamente a mandar-me embora do país” já que “os ingleses … quando perdem duas ou três vezes seguidas com Portugal ficam irritados“. O facto de ser um apreciador de Greg Louganis pouco tem a ver com esse facto, é claro. Seja como for, o departamento de audiovisuais do MIP produziu um gráfico que explica de forma mais detalhada os motivos que levam o piscineiro a querer sair de Manchester:

Jogos do dia:
FINALMENTE ACABOU A TORTURA! (por meia dúzia de semanas até começarem os campeonatos). Mas nos próximos dias, o balanço EXCLUSIVO, a equipa do Mundial… e os golos que faltam.

Posted Terça-feira, 11 Julho 2006 by Silva in Diários do Mundial

Diário do Mundial XXXII

Alemanha 3 – 1 Scolari Boys Club
Após a derrota nas meias finais, restava às duas equipas lutar pela medalhinha de bronze e um diploma para meter na parede. O que não é grande incentivo para que já esteve a “90 minutos da final”, mas é o que se arranja. Além do mais, 64 é um número de jogos mais redondo que 63, pelo que qualquer dia ainda vai haver jogos para decidir até ao 14º lugar, porque número mais redondo que isso só acabando com o Mundial, o que olhando para este, até nem era mau. Mas indo para o jogo, que começou mexido, com a Alemanha a ter o domínio dos primeiros cinco minutos, mas o SBC reagiu enérgicamente (o mais que as pernas permitiam, pelo menos) e por 15 minutos pareceu ir disputar o encontro, até que Kehl obriga Ricardo a estirar-se para manter a bola fora da baliza, o que serviu para a Alemanha voltar a inclinar mais o campo para a baliza de Ricardo. A primeira parte terminou com mais uma tentativa de um salto encarpado com triplo mortal à retaguarda de Cristiano Ronaldo, já a demonstrar a escola JVP do salto para a piscina, com a carinha de dor e a rotaão do tronco na direcção do àrbitro. Como o youtube é uma pequena maravilha da internet, aqui fica o lance. A segunda parte começa da mesma forma que a primeira, e acaba por ser Schweinsteiger a abrir o marcador, num lance onde o Ricardo’03 volta a aparecer em grande. Como estar com um golo de desvantagem não é desafio que chegue, Schweinsteiger cobra um livre tenso ao segundo poste, e Petit desvia com mestria para o fundo das redes, colocando a Alemanha a vencer por dois. A resposta veio de Deco, que finalmente decidiu aparecer, forçando Kahn a defesa apertada. Após um livre de Cristiano “A BOLA É MINHA E SÓ EU JOGO BUÁAAAAAAA AQUELE MENINO BATEU-ME” Ronaldo defendido por Kahn, a Alemanha partiu para o contra-ataque, e ante um abananado Petit, Schweinsteiger remata forte, colocado, e dentro da baliza, para terminar qualquer dúvida sobre o jogo. Com o desafio já decidido, e uma segunda parte que se resume a “Cristiano Ronaldo a engonhar” e à expressão “Enrabazung”, Nuno Gomes aproveita um cruzamento de Figo, e com um mergulho prefeitamente legal e vistoso reduz o nível de derrota de “embaraçosa” para “avantajada”. Interessante a noção de “antecipação” dos comentadores da SIC, que engloba um jogador aparecer sozinho ao segundo poste, com o defesa seguinte na linha do cruzamento a 10 metros de distância. Minutos depois terminava a partida, e tambem as carreiras internacionais de Kahn, Figo e Pauleta. Destaque para o “roubo descarado” do Japonês Toru Kamikawa, ao subtrair 15 segundos de jogo aos rapazes de Scolari, que davam perfeitamente para marcar 3 golos, entre cinco mortais à retaguarda do Cristiano Ronaldo e do Nuno Gomes a ajeitar o cabelo.

Golos.

56′ Schwinsteiger 1-0 – Remate de fora da àrea, com a bola a assassinar o papagaio invisível no ombro de Ricardo.
60′ Petit 2-0 – Schweinsteiger cruza forte e rasteiro, e Petit, com toda a sua experiência atira para dentro da baliza.
78′ Schwinsteiger 3-0 – Contra-ataque, Petit dá cinco metros ao jogador Alemão que ainda tem tempo para pentear o cabelo antes de rematar cruzado com tudo, até um golo.
88′ Nuno Gomes 3-1 – Cruzamento de Figo, e Nuno Gomes aparece a finalizar com um salto empranchado à frente. Coisa que o Ronaldo só usa para enganar ninguem (um bocado como a grande finta dele).

Golo do dia:

Contra-ataque, Petit dá cinco metros ao jogador Alemão que ainda tem tempo para pentear o cabelo antes de rematar cruzado com tudo, até um golo.

Pauleta e Figo despedem-se
Portugal despediu-se ontem dos seus dois recordistas, Figo com 127 internacionalizações e Pauleta com a fantástica soma de 47 golos. Dos quais, quatro marcados em competições internacionais. Com um total de 1087 minutos (distribuídos por 15 jogos), Pauleta marcou um golo a sensívelmente cada três jogos. Tal como diria o filósofo Peter Griffin, “nice”.

Estatísticas de Pauleta em competições internacionais
Euro 2000: vs. Alemanha, 67 minutos, 0 golos
Mundial 2002: vs EUA, 90, 0
Mundial 2002: vs Polónia, 90, 3
Mundial 2002: vs Coreia, 68, 0
Euro 2004: vs Grécia, 90, 0
Euro 2004: vs Rússia, 57, 0
Euro 2004: vs Espanha, 46, 0
Euro 2004: vs Holanda, 75, 0
Euro 2004: vs Grécia, 74, 0
Mundial 2006: vs Angola, 90,1
Mundial 2006: vs Irão, 90, 0
Mundial 2006: vs Holanda, 45, 0
Mundial 2006: vs Inglaterra, 62, 0
Mundial 2006: vs França, :67, 0
Mundial 2006: vs Alemanha: 76, 0

Golos em falta
Ultimamente não tem aparecido a parte gráfica dos golos do Dia. Amanhã começam a aparecer todos.

O JOGO
Finale: Itália – França, 19:00

Posted Domingo, 9 Julho 2006 by Silva in Diários do Mundial

Diário do Mundial XXXI

Scolari Boys Club 0 – 1 França
A jogar contra a tradição (que repentinamente, passou a não valer nada), os SBC enfrentavam uma equipa que já tinha eliminado Portugal por duas ocasiões no passado nas meias finais. A apostar essencialmente no mesmo 11 base desde o início do Mundial, tal como no jogo de ontem, a partida foi como um Martini do James Bond – mexida, mas não agitada. Com Deco e Figo claramente ausentes (muito provávelmente a agradecer a preparação na torradeira… perdão, Évora), o encontro pautou-se pelo jogo sem balizas, até que Ricardo Carvalho falha o corte, perde o equilibrio, e acaba por testar a dureza das caneleiras de Henry. Isto na grande àrea. Como Zidane não é daquela equipa que até perdia nos penalties contra infantis, o remate sai forte e colocado, e apesar do estiranço de Ricardo, a bola entra e obriga Scolari a imprimir mais pressão ofensiva na equipa dele. Coisa que não acontece, apesar do excelente mergulho a dois pés de Cristiano “I’m not a diver” Ronaldo ter recebido nota 10 dos sempre imparciais comentadores da SIC. Começa a segunda parte, e após dois lances de perigo junto da baliza de Ricardo, Miguel decide repetir a façanha do Euro 2004, e espetar-se espectacularmente ao sexto jogo, forçando a entrada de Paulo Ferreira, cortando o impeto ofensivo que o SBC precisava nesta altura. O maior lance de perigo veio de um livre de Ronaldo (que lá encontrou tempo entre mergulhos para meter uma para a proverbial caixa) que Barthez defende como um jogador de volley, mas Figo cabeceia por cima. A partir daí, já foi sem grande alma que se ia jogando com o tempo a passar, e assim terminou a caminhada do SBC rumo ao título, ainda com tempo de Ricardo Carvalho ficar de fora após entrada completamente escusada, e o primeiro passe em profundidade de qualidade, por autoria de Ricardo. De costas para a baliza.
Golos
33′ Zidane 0-1 – Penalty marcado como deve ser, a cobrar uma falta que não se deve fazer.

Literalmente, o golo do dia

Penalty marcado como deve ser, a cobrar uma falta que não se deve fazer.
Roundup da azia
A terceira eliminação deixou alguma azia sobre os SBC, com a velha história que Portugal, a sede dos SBC, é “um país muito pequeno, é difícil chegar, mas o jogo foi igual, equilibrado, com poucas oportunidades para cada lado“, nas palavras de Scolari, e “Portugal é um país pequeno, um povo humilde. Temos que continuar a trabalhar e a ser humildes” por Cristiano Ronaldo, um dos maiores emproados da história do futebol nacional.

Dada a questão fundamental do tamanho dos paíeses, o MIP antecipa ansiosamente a final entre Estados Unidos e China, e espera que a Grécia não invada os seus vizinhos num futuro próximo. Ou que o International Board elimine as decisões por penalties, já que os seus protegidos estão constantemente a sair por causa deles.

Posted Quinta-feira, 6 Julho 2006 by Silva in Diários do Mundial

Diário do Mundial XXX

XXX as in 30, não hardcore pr0n

Alemanha 0 – 2 Itália
A primeira meia-final trouxe colocou os finalistas de 1982 em acção, mas num jogo no qual “1982” não teve nada a ver com a qualidade de jogo desse mundial, apenas a data de nascimento de alguns jogadores. Com um ritmo de jogo vivo, mas esencialmente baseado em passes falhados e recuperações, a Alemanha teve as melhores ocasiões, mas menos posse de bola na primeira parte . Já na segunda parte, o árbitro mexicano Benito Archundia, transformou um penalty inexistente num livre directo, mas Ballack rematou por cima. O prolongamento começou com a imagem de marca de Gilardino, a fazer uma grande jogada pelo flanco direito e depois a rematar à trave. Pouco depois, Zambrotta abana os postes de novo com um remate colocado de longe, e a partir daí o jogo arrefeceu. Quando parecia que o jogo se ia encaminhando para os penalties (e invariável vitória da Alemanha), um canto da Itália sobre para Pirlo, a bola segue para Grosso que é de novo o herói da Itália com um remate excelente a bater Lehmman, a pouco mais de um minuto do fim. Com a Alemanha já completamente desesperada no ataque, um contra-ataque dá a Del Piero a oportunidade de fechar o jogo com um golo, e o futuro jogador da Serie C coloca a Itália na final em estilo.

Golos
119′ Grosso 0-1 – Canto, a bola sobre para Pirlo que coloca no lateral com um Laudrup pass, e Grosso remata arqueado ao segundo poste.
121′ Del Piero 0-2 – Contra ataque rápido, Gilardino isola Del Piero que remata com classe para o segundo

Golo do dia


Canto, a bola sobre para Pirlo que coloca no lateral com um Laudrup pass, e Grosso remata arqueado ao segundo poste.

 

Ribery e as posições
Uma das revelações do Mundial, o médio Franck Ribery e clone de Gary Neville nas horas vagas, considera Scolari “um grande jogador, que jogou em grandes equipas“, sendo corrigido pouco depois pelo staff da federação Gaulesa. No entanto, como os jogadores Portugueses nunca se enganam nem têm dúvidas, o jornal O Jogo decidiu partir para o insulto directo (uma coisa que nunca se faria nos Diários do Mundial. Mas mesmo nunca) e chamar Ribery de “idiota“. A redacção espera ansiosamente uma capa assim:

 

Já que Cristiano Ronaldo é incapaz de fazer uma frase em inglês. Mas isso seria anti-patriótico, e ele deve durar tanto em Manchester como um jogo da Inglaterra que vai a penalties.

 

Jogos do dia:
SBC – França, 20:00

Posted Quarta-feira, 5 Julho 2006 by Silva in Diários do Mundial

Diário do Mundial XXIX

Inglaterra 0 – 0 Scolari Boys Club (1-3 ap)
Após dois jogos nos oitavos de grande espectáculo (para quem passou o tempo do jogo a ver um DVD ou o canal que não transmitisse o jogo), as expectativas nos oitavos apenas poderiam ser mais baixas se alguem levasse a pá com que Grosso cavou o penalty frente à Austrália e abrisse um buraco junto à escala. Ou talvez uma retroescavadora.
Assim sendo, o jogo pode ser resumido num monte de espaços brancos e reticências, com uma referência à “expulsão algo duvidosa de Rooney após calcar a fruta de Ricardo Carvalho”, “um remate perigoso de Lennon”, “Portugal a engonhar a bola”, “Crouch a demonstrar a capacidade técnica de uma pessoa com duas próteses nas pernas”, “Lampard remata por cima, mais uma vez” e “o SBC aproxima-se da àrea, mas não consegue criar perigo”. O prolongamento serviu para extender o sofrimento por mais 30 minutos, o que é difícil de compreeender, já que a Inglaterra tem o fantástico registo de uma vitória e muitas derrotas neste método de desempate. E para não fugir à tradição, os avançados ingleses decidiram rematar o mais controlado possível, faltando só o biqueiro para fora da baliza. Mas Beckham, o especialista nesses lances, já tinha saído.

Golos:
Tinha ficado contente que tivesse havido um para cada lado, mesmo que fosse com a mão e em fora de jogo.

Penalties:
0-1 – Simão – Colocado, típico do futuro ex-jogador do Benfica
0-1 – Lampard – Fraco, denunciado, e o ponto final adequado nas exibições de categoria do denominado “melhor médio do mundo”
0-1 – Hugo Viana – Guarda redes para um lado, bola no poste
1-1 – Hargreaves – Remate para o lado esquerdo, Ricardo toca na bola mas entra na mesma. Porque é Canadiano e joga na Alemanha
1-1 – Petit – Remate ao lado de Petit, a ignorar a regra de que só entra se for à baliza
1-1 – Gerard – Remate à semelhança de Lampard
1-2 – Postiga – Com Robinson à espera que Postiga picasse a bola, o futuro ex-avançado do Porto (espera-se) remata para a esquerda.
1-2 – Carragher – Remate para a esquerda, Ricardo defende como no remate de Hargreaves, mas a bola vai à trave. Porque é Inglês.
1-3 – C Ronaldo – Colocado na direita, e Robinson vê a Inglaterra a ficar pelo caminho enquanto a bola passa.

Brasil 0 – 1 França
Os vencedores antecipados do Mundial, já de tão convencidos na vitória não só no jogo, mas tambem no Mundial, decidiram não aparecer, dando a oportunidade à França de recuperar dos minutos finais loucos do desafio frente à Espanha. No entanto, dizem que as coisas amarelas que estavam a defender o lado em que a França atacava era mesmo o Brasil, por isso ficando confirmadas as suspeitas que Cafu apenas aparenta ter pernas para jogar porque o Brasil abranda o jogo quando joga por esse flanco, e o mesmo se passando do lado esquerdo. A França foi pressionando, e acabou mesmo por colocar o Brasil nas cordas, tendo o àrbitro Medina Cantalejo perdoado a expulsão a Juan, e dois livres nos descontos a colocarem o Brasil numa posição bastante incómoda. A segunda parte começa de forma semelhante, e acaba por ser sem surpresa que Henry aparece isolado ao segundo poste para colocar a França na frente. Talvez impressionado com a exibição da sua equipa (ou a pensar que estavam a jogar de branco), ainda demorou até colocar Adriano no lugar de Juninho, Cicinho no lugar de Cafu, e como o resultado ainda dava muitas garantias de passagem e não era preciso arriscar, Robinho por Káka, A pouco mais de 10 minutos do fim. Insuficiente, já que a França acabou por ter as melhores ocasiões de golo, e o apito final veio sem que o Brasil colocasse Barthez em perigo. Ao menos em 82 ainda caíram de pé.
Golos
57′ Henry 0-1 – Livre de Zidane, a bola sobrevoa a àrea, Henry aparece solto como um passarinho e fuzila Dida.

Golo do dia
literalmente

Livre de Zidane, a bola sobrevoa a àrea, Henry aparece solto como um passarinho e fuzila Dida.

 

BAPS
Um artigo colocado nos Diários do Europeu fez referência à British Academy of Penalty Shooting. Como não estou inclinado a repetir, aqui fica o link para o artigo com dois anos, mas sempre actual.

 

A história se repete
Entrar num torneio como um favorito claro e sair com o rabinho entre as pernas não é novidade para o Brasil. Tal como as piadas sobre a marcação de penalties da Inglaterra, este relato de 1982 pode ser re-aproveitado para esta ocasião, tirando a parte do futebol de primeira. Porque à excepção do jogo com o Japão, o Brasil jogou mau para cacete.

Erro na versão de ontem
Na versão anterior dos Diários do Mundial o 1º jogo indicado indicava que Portugal jogava hoje em vez do Scolari Boys Club. As nossas desculpas pelo sucedido, mas o responsável já foi punido (a mão esquerda deu um murro na direita)

Frase do dia

… um momento irrepetível, como no Euro 2004 …

Cristiano Ronaldo

Posted Domingo, 2 Julho 2006 by Silva in Diários do Mundial

Diário do Mundial XXVIII

Alemanha 1 – 1 Argentina (4-2 ap)
O primeiro jogo entre Campeoões do Mundo neste mundial opôs os finalistas de 86 e 90, com ambas as equipas com credenciais para passar às meias finais. Os primeiros minutos prometeram um jogo interessante, mas após Ballack enviar uma cabeçada pouco por cima, o jogo parecia um jogo de xadrez onde os peões podiam andar para a frente e para trás. Em termos de espectáculo, a segunda parte não poderia ter começado melhor, com Ayala a desviar um canto de Riquelme para o fundo das redes, e colocar a Argentina na frente. Após Vidoso colocar em cheque todas as teorias da conspiração que a final terá que ser um Alemanha-Brasil e que os àrbitros iriam utilizar todas as situações possíveis para beneficiar as duas equipas, com Ayala a puxar o braço de Ballack, Abbondanzieri colide no ar com Klose, e é forçado a sair minutos depois. A Argentina, através de um contra-ataque lentamente conduzido por Riquelme podia ter chegado à vantagem, mas o mesmo Riquelme esperou que a defesa Alemã se recolocasse até decidir fazer um passe, e foi sem surpresa que a sua substituição não tardou. Com Lucho agora a jogar na frente do meio campo, uma cabeçada sua foi negada por Lehmann (e um Tevez fora de jogo), e um cruzamento de Ballack, seguido por um desvio do recem entrado Borowski, e Klose entra com tudo e iguala a partida a dez minutos do fim, para desespero de Diamantasno. Chega o prolongamento, mas o jogo parecia estar encaminhado para penalties, e ambas as equipas sabiam que tinham uma reputação imaculável neste…

… e a Itália chega à segunda parte a vencer por 1-0, graças a um golo madrugador de Zambrotta. A segunda parte começou com uma cabeçada no poste de Buffon (não confundir com uma cabeçada ao poste), e a Ucrânia perto de chegar ao empate com Buffon a bloquear um remate de Gusev, e depois Zambrotta a tirar uma bola em cima da linha. Como já seria de esperar na Itália, a resposta seguiu-se, com Totti a coloca na àrea, e Luca Toni aparece para dar uma vantagem mais confortável à Itália. Depois, Gusin aparece a cabeçear ao poste, mas com a sorte do seu lado, é Toni que marca o terceiro após jogada individual de Zambrotta. A partir daí, assistiu-se à Itália a gerir o esforço, e a Ucrânia conformada com a derrota.

Golos
6′ Zambrotta 1-0 – Remate de fora da àrea após cavalgada pelo seu flanco (dizem)
59′ Toni 2-0 – Cruzamento de Totti, Cannavaro falha o desvio mas Toni aparece com tudo e cabeceia cruzado e baxio.
69′ Toni 3-0 – Nova jogada individual de Zambrotta, desta vez a cruzar para o avançado marcar o seu segundo na competição.
Golo do dia


Cruzamento de Ballack, Borowski desvia ao segundo poste de cabeça,e Klose aproveita a passividade de Sorín para marcar o empate.

 

Henry foi à escola
O conhecido anti-racista Thierry Henry decidiu mostrar mais uma vez que “azia” não faz parte do seu vocabulário quando, a falar sobre o Brasil, declarou “Na rua, na praia, toda a gente joga futebol“, mas considerando que isto não é justo já que “comigo não aconteceu. Eu ia à escola das 7h às 17h. Se dizia à minha mãe que queria jogar à bola, ela não deixava. No Brasil, jogam à bola das 8h às 18h“.

A redacção espera ansiosamente as próximas braceletes de protesto da multi-nacional amada e respeitada pelo mundo fora, desta vez anti-analfabetismo, e feitas numa sweatshop na Malásia.

FIFA visita selecções
A pausa de dois dias foi aproveitada pela FIFA para visitar as selecções de modo a avisar sobre situações que possam levar a cartões. A FA pediu à FIFA para colocar vedações entre os seus adeptos e o campo, para o caso de algum jogador do SBC decidir entrar na bancada.

Gastronomia
A redacção do M.I.P. irá em peso para o vomitórium caso a imprensa nacional continue a fazer piadas na linha “Começamos com laranjas, vamos para bifes, depois uma caipirinha e para acabar uma cerveja/lasanha”. Já andamos com essas piadas desde os tempos em que a qualificação para um Europeu já era muito boa.

Jogos do dia:
Inglaterra – Portugal (16:00)
Brasil – França (20:00)

Posted Sábado, 1 Julho 2006 by Silva in Diários do Mundial

Diário do Mundial XXVII

Brasil 3 – 0 Gana
Após algumas exibições menos conseguidas, o Brasil (ou parte dele) temia o Gana. E com motivos, já que o conceito de “defender” escapa aos quatro jogadores mais avançados, e enquanto a reforma de Cafu e Roberto Carlos não chega, Cicinho, um dos melhores frente ao Japão e Gilberto ficam a ver enquanto as glórias de 1996 jogam. Por outro lado, o Gana não tinha o seu trauliteiro mor, Essien. A táctica para este jogo era simples: manter os avançados móveis do Brasil em fora de jogo, e esperar que caíssem na armadilha. A ideia era boa se os defesas soubessem os básicos da tactica, e após um lance cortado por fora de jogo, Gordoaldo marca, batendo o recorde de Gerd Müller. Tinham-se passado a fantástica marca de 4 minutos. A partir daí, o Brasil começou a recuar, até que Gana, que deciciu entrar com o seu plano “B”, rematar de longe, embora tal como no plano “A”, não pareçam ser propriamente especialistas nesse tipo de jogo. Após reclamarem uma grande penalidade, um contra ataque brasileiro acaba com Adriano a colocar o resultado em 2-0, e apesar dos Ganeses fazerem muito mal o fora de jogo, o adiantamento é mais que visível. Segunda parte, e tudo seguiu o rumo da primeira: o Gana a tentar reduzir (com remates de longe que invariávelmente iam para fora ou à figura de Dida), e o Brasil a marcar, desta vez por Zé Roberto, a aproveitar uma clareira deixada pela defesa do Gana. E assim sai de cena a última equipa não europeia/sul americana em prova.

Golos:
9′ Ronaldo 1-0 – Kaká lança Gordualdo em profundidade, a defesa faz mal o fora de jogo, e o avançado do Real Madrid finta o guarda redes e bate o recorde de Müller
46′ Adriano 2-0 – Kaká coloca em Cafu, este cruza, e um Adriano um passo à frente da defesa (no sentido “adiantado”, não “a prever”) marca de joelho.
84′ Zé Roberto 3-0 – Ricardinho coloca por cima da defesa em profundidade, Zé Roberto antecipa-se ao guardião Ganês, e fecha a contagem.

Espanha 1 – 3 França
Uma das melhores equipas da primeira fase defrontou uma equipa que apenas à ultima jornada conseguiu quebrar um enguiço de quase oito anos, e se havia um favorito, era a Espanha, que para a sua imprensa, já era desde já a favorita à vitória final (coisa que em Portugal NUNCA se faria, só num dia que calhe entre Domingo e Sábado), e o primeiro golo, após um penalty infantil de Thuram, deu a vantagem à Espanha. A França parecia condenada, até porque Henry estava mais divertido a imitar um Inzaghi sem sentido posicional, mas apareceu Ribery, lançado por Vieira, para repor a igualdade ainda no primeiro tempo. A segunda parte, embora menos espectacular, foi de grande equilibrio, apenas quebrado quando uma mosca acerta em cheio no olho de Henry enquanto disputava a bola com Puyol a dez minutos do final. Do livre cobrado a bola sobre para o segundo onde Vieira aparece de cabeça, e Sérgio Ramos entra decidido sobre a bola, desviando-a de Casillas e directo para o fundo das redes. O que parecia ser um encontro destinado ao prolongamento ou aos penalties (motivo pelo qual Luis “Mostra a esses pretos como se joga à bola” Aragonés retirou Raúl do campo, junto com outro jogador logo aos 55 minutos, por algum motivo) estava agora a cair para o lado Francês, e antes que a Espanha tivesse qualquer reacção final, Zidane aparece lançado em contra-ataque, passa Puyol e bate Casillas, terminando assim a participação Espanhola. De novo, antes de chegarem às meias finais. É pena.

Ou não.

Golos
28′ David Villa 1-0 – Penalty a cobrar falta idiótica de Thuram.
41′ Ribery 1-1 – Vieira lança Ribery, que contorna Casillas, e passa para o fundo das redes
83′ Vieira 1-2 – Cruzamento de Zidane, a bola desvia num defesa espanhol e sobra para o segundo poste onde Vieira cabeceia, ainda com Sérgio Ramos a tirar a bola do alcance de Casillas
92′ Zidane 1-3 -Zidane vai pelo meio campo Espanhol fora, passa Puyol, senta Casillas e fecha o marcador, adicionando mais 90 minutos à sua carreira.

Golo do dia

 


Zidane vai pelo meio campo Espanhol fora, passa Puyol, senta Casillas e fecha o marcador, adicionando mais 90 minutos à sua carreira.

De férias
Voltamos dia 30 para falar dos quartos de final. Ah bolas, é só mais um dia. >sigh<

 

Posted Quarta-feira, 28 Junho 2006 by Silva in Diários do Mundial