Depois de em 2008 terem perdido na recta final para Distortion dos Magnetic Fields, a banda americana consegue a distinção aqui do tasco.
Depois de em 2008 terem perdido na recta final para Distortion dos Magnetic Fields, a banda americana consegue a distinção aqui do tasco.
DUM DUM GIRLS |
MGMT |
SCHOOL OF SEVEN BELLS |
ARCADE FIRE |
BEACH HOUSE TEEN DREAM |
CHROME HOOF CRUSH DEPTH |
DUM DUM GIRLS |
MGMT |
RÖYKSOPP |
SCHOOL OF SEVEN BELLS |
THE SOFT MOON |
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STEREOLAB |
WAVVES |
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I L U – School of Seven Bells (Disconnect from Desire, 2010)
Palavras demasiado sábias dos School of Seven Bells, em mais um videoclip que desafia explicações.
Como já vai algum tempo desde que escrevi algo mais a sério sobre música, decidi tentar voltar a fazer umas 3/5 mini-críticas semanais. Decidi igualmente adoptar uma escala baseada no nível de desancamento que cada álbum consegue sofrer antes de ficar reduzido a algo para servir de banda sonora a um supermercado na aldeia. A escala irá habitualmente de zero a três ohms (Ω), sendo que eventualmente poderá haver casos onde mesmo zero é uma pontuação demasiado bondosa. Escusado será dizer, esta avaliação não é absoluta – é relativa aonde figurará (ou figuraria) no top anual. Ou seja, três ohms será um álbum que irá ficar nos primeiros 15 lugares (não que é um “album prefeito”), dois está potencialmente nos 30 primeiros, um e pode aparecer no top 50, enquanto zero muito dificilmente irá ser considerado para coisa alguma. Um “anti-ohm” significa que o trabalho em questão irá ser motivo de piadas frequentes.
King of the Beach
Wavves
Ω Ω Ω
E está encontrado o álbum do Verão. A quebrar um pouco com o som de Wavves e Wavvves, os Wavves (ceeeerto…) apresentam aqui o seu trabalho mais produzido, poucos meses depois da implosão quase total da banda durante a promoção ao dos três V. Talvez devido a essa mesma implosão, a quase atonalidade distorcida reinante deu lugar a melodias veraneantes, e num par de casos (Baseball Cards e principalmente Mickey Mouse) a uma aproximação muito agradável a Animal Collective.
O conteúdo temático acaba por dizer bastante sobre Nathan Williams (“I’d say I’m sorry; but it would mean shit“, “and I hate myself, man; but who’s to blame?“, “my own friends, hate my guts, so what? who gives a fuck?” entre outras pérolas da auto-flagelação), o musical coloca a banda algures entre uma praia na California e um parque de skates. A vida é feita de segunda oportunidades, e os Wavves parecem querer aproveitá-la.
Disconnect From Desire
School of Seven Bells
Ω Ω Ω
Dois anos depois, Benjamin Curtis e as irmãs Deheza voltam à carga com Disconnect From Desire, trabalho que a certas alturas parece Alpinisms a ser tocado numa festa nos anos 80. Não que não seja perfeitamente reconhecível como um álbum dos SVIIB – todos os elementos que fizeram de Alpinisms um dos álbuns mais singulares da última década estão presentes, desde o cruzar de vozes até às delicadas texturas de sintetizador e guitarra que compõem as melodias. Noutros, a drum machine toma conta da música, e transforma o pop étero do trio de Brooklyn numa faixa que não ficaria muito deslocada numa festa em 1988.
Essas oscilações na sonoridade poderiam enfraquecer um pouco a coesão do álbum, mas o mérito dos SVIIB está precisamente em equilibrar as músicas mais ao estilo de Alpinisms com as faixas mais aproximadas de synthpop – Heart is Strange, a segunda do álbum, não deixa de ser uma das melhores do álbum. A banda admitiu querer fazer diferente, e apesar de não ser uma diferença tão drástica quanto isso, sugere que se este é o novo caminho, augura-se igualmente prodigioso para a banda.
The Drums
The Drums
Ω
Uma das grandes esperanças de 2009, chega a 2010 completamente deflacionada por um álbum que apesar de seguir os mesmos estilos e influências do EP que os tornou numa das bandas mais requisitadas dos últimos meses, acaba por soar a pouco mais que um recalcamento das mesmas, e quase um auto-plágio ao EP. Não que seja mau – continua a ser um dos álbuns mais agradáveis do ano – mas esperava-se mais da banda.
O maior problema de The Drums é que não adiciona absolutamente nada ao EP Summertime!, lançado em 2009. As músicas novas não adicionam nada de interessante, e as ausências (principalmente I felt Stupid e Don’t Be a Jerk Johnny, e imagine-se Let’s Go Surfing esteve quase na calha) não são compensadas.
E agora sim, começam a aparecer os álbuns verdadeiramente interessantes:
Dito e feito, aqui está a terceira versão dmixtape aqui do sítio, desta vez intitulado City, em parte, porque era o que tinha decidido há uns meses, e não me apetece andar a desenhar capas agora.
Para quem não sabe, é uma mixtape de uma hora com músicas que vão desde o Shoegaze e Dream pop até ao Noise pop e Lo-fi. Depois de na primeira terem sido abordados os nomes incontornáveis como os My Bloody Valentine, Slowdive, Ride, Asobi Seksu, Sigur Rós ou Cocteau Twins, entre outros, e no segundo mais nomes como os Yo La Tengo, Maps, Depreciation Guild, Pains of Being Pure At Heart ou os Curve, esta é a playlist de 14 músicas, na sua grande parte dos últimos 5 anos, da minha mais recente incursão pelo mundo das mixtapes…
Com o ano a acabar, nada como começar a rever os melhores momentos musicais de 2008, com o primeiro post dedicado aos melhores 20 álbuns. O melhor (a sair dentro destas escolhas), esse vai ser anunciado no dia 31.